Agrada-me quando o tempo amacia, logo após a chuva que se vai, e aviva as cores que, antes mornas, depressa se refaz.
É como se o tempo mostrasse para nós mortais que ele é capaz de passar e tudo levar, mas também intensificar o que merece e carregar adiantado o que não carece de muita atenção.
Embora muitas coisas possam ser molhadas, há outras tantas que precisam, mas minguam por gotas d`água. É como ser gente, que pode alargar-se como o mar e padecem na vida a esperar chuviscos de elogios que nada farão brotar.
Tenho ímã com brisas noturnas!
Com chão seco, terra pó, folha tenra e calor sem dó.
Talvez, por isso, suavizo de quando em sempre!
Mas, forte sigo, limpo poeira dos olhos, enxergo verde no seco, misturo lágrimas e suor e carrego o que me faz gosto.